Com centenas de anos, a gastronomia brasileira vem se modificando muito com o
passar dos séculos e um grande marco foi a chegada dos imigrantes portugueses e
dos escravos africanos em território tupiniquim.
Quando os
índios ainda eram os donos do Brasil a base alimentícia desses povos se
estruturava em três vertentes: a colheita, onde as frutas como banana e algumas
raízes, como a mandioca, eram consumidas com muita frequência e na outra ponta
está a caça, onde a capivara, tartaruga e macacos englobavam, o menu indígena.
Mas foi a pesca que deixou um dos legados mais fortes e duradouros das tribos
antigas. Pintados, tucunarés e pirarucus desfilavam entre as ocas.
Com a
chegada dos portugueses e sua culinária com forte influência árabe e
consequentemente dos escravos africanos, traçou-se então um novo rumo na
gastronomia tropical, incrementando e modificando pratos que já eram consumidos
pelos povos que aqui estavam.
Nos porões
dos navios lusitanos embarcaram os mais diversos produtos que hoje fazem parte da
rotina brasileira. Coentro, figo, laranja, limão, espinafre, mostarda, melão,
vacas, carneiros, porcos e galinhas vieram e se adaptaram como se aqui fosse
sua terra natal, transformando a agricultura e a base alimentícia da época.
Quando os portugueses começaram com o comércio de escravos, a culinária
brasileira recebeu mais uma injeção de aromas e sabores. Nhame, gengibre,
melancia e outras variedades de bananas trouxeram um novo toque aos pratos já
existentes.
Mas em
pouco tempo a mandioca, o milho verde e a carne seca, nas familias mais
abastadas, predominaram nas cozinhas das senzalas e das casas grandes. E assim
surgiram clássicos que até hoje são indispensáveis numa refeição tradicional
como o angu e a farofa de mandioca, a polenta e o fubá, o pirão que e indispensãvel para acompanhar um
peixe e a paçoca de carne seca que acompanhava um bom feijão preto.
Dessa forma
encerramos a primeira parte sobre a culinária brasileira. Em breve estaremos de
volta com a continuação desta saga, onde o tema será o pós escravidão e o pós
guerra. Esse é um breve resumo que tem
como base, conhecimento pessoal, livros e pesquisas na internet.
À
bientot...
Comentários
Postar um comentário