POR PEDRO RAMOS
França. Pai, mãe de uma grande parte da base das culturas alimentares ao redor da terra. Berço dos restaurantes mais famosos e luxuosos. País onde gastronomia é praticamente uma religião come-se tão bem num pequeno bistrô do interior, quanto nos palacetes da capital, Paris.
Pode-se dizer com certeza que a gastronomia francesa influenciou e influencia direta e indiretamente a culinária de muitos países, sejam do novo mundo ou mesmo de seus vizinhos europeus sempre haverá especiarias, ervas, vinhos, métodos de cocção e preparo dos ingredientes, aperfeiçoando suas receitas. Vejamos como esse fenômeno ocorreu.
A gastronomia francesa começa a se desenvolver na idade média (sec. V a X) num tripé que vigora até os tempos modernos: A riqueza dos ingredientes, a sabedoria no preparo dos mesmos, e a apresentação impecável. Tendo como base de formação a cultura Greco-romana, nos banquetes franceses todos os pratos eram servidos ao mesmo tempo, sem distinção entre entradas, pratos principais ou sobremesas. Salvo em disfunções climáticas ou em tempos de guerra a alimentação deste povo era sempre muito. Desde as classes mais baixas até as mais altas alimentar-se bem e com prazer era e ainda é um fator determinante para a felicidade e saúde do povo francês.
A base gastronômica desta cultura secular são os pães e vinhos que em diversas literaturas são denominados como a refeição primordial dos deuses. Nota-se aqui a influência Greco – romana presente na base da pirâmide alimentícia francesa. Durante a idade média não se nota mudanças drásticas nas formas de se alimentar, principalmente por influência católica, que dominava a Europa e controlava boa parte da produção agropecuária. O grande acontecimento gastronômico deste período da historia mundial, foi o lançamento do primeiro livro sobre gastronomia do mundo. Intitulado `Le Viandier`` traz mais de 230 receitas da época. Explicação. A idade media foi uma época de escuridão. Escuridão mental e comercial. Dessa forma a gastronomia não se desenvolve, pois como em tempos de guerra a comida era controlada e distribuída do jeito que a os dominantes pretendiam. Nesse caso a igreja católica. O único país que foge a regra é a frança, mas mesmo assim com moderação.
A revolução culinária mundial (sec. XIV a XVIII), se passa após a descoberta de novas terras. América, Ásia e África contribuíram de forma muito significativa para o desenvolvimento de novas técnicas culinárias, principalmente com seus ingredientes, até então desconhecidos. E claro quem chegou à frente nessa corrida pelo bom prato? Os franceses. Deram seus toques a ingredientes como batata, feijão e favas, pimentas, tomate, ervas e carnes como o peru, galinha d’angola e alguns peixes. Mostrando para o mundo e solidificando sua posição como pioneiros na ARTE de cozinhar a perfeição. Muda-se o conceito de preparação dos alimentos, privilegiando o sabor rico das especiarias do novo mundo e a produção de molhos elaborados e que levam, as vezes, dias para ficarem prontos. Nesta época a coordenação da produção dos grandes banquetes começou a ser destinada a uma pessoa especifica. Surge assim a figura do chef de cozinha. Esta mudança nos hábitos gastronômicos da época foi regida sob a batuta de um dos maiores imperadores da França. Auto intitulado como Rei Sol, Luiz XIV sempre foi amante da boa cozinha e adorava tomar vinho, abrindo assim as portas para as inovações dos mestres cuca de seu país.
``Outrora, um cardapio classico era composto, segundo o requinte do anfitrião, o numero de convidados e de numero de pratos prodigiosos, dos quais dificilmente se tem uma idéia hoje; se consutarmos obras culinárias do século XVIII e do inicio do século XIX, encontraremos cardápios de 25 a 30 talheres que incluíam não menos que de 30 a 60 pratos, excluídas as sobremesas que compunham também um grande numero.``
Livro história da gastronomia
Esta citação encontrada aleatoriamente na internet, pois não me lembro em que site que encontrei. Define categoricamente como eram os grandes banquetes franceses que permearam a história da gastronomia até o surgimento da nouvelle cuisine. Movimento que revolucionou a concepção de servir. Deixando de lado essa quantidade de comida para dar mais crédito a qualidade do produto servido.
Terminaremos de entender como a França dominou o mundo da culinária e como passaram para o mundo de forma maciça e generalizada seus métodos de produção e estilos culinários, na próxima edição.
Até ....
França. Pai, mãe de uma grande parte da base das culturas alimentares ao redor da terra. Berço dos restaurantes mais famosos e luxuosos. País onde gastronomia é praticamente uma religião come-se tão bem num pequeno bistrô do interior, quanto nos palacetes da capital, Paris.
Pode-se dizer com certeza que a gastronomia francesa influenciou e influencia direta e indiretamente a culinária de muitos países, sejam do novo mundo ou mesmo de seus vizinhos europeus sempre haverá especiarias, ervas, vinhos, métodos de cocção e preparo dos ingredientes, aperfeiçoando suas receitas. Vejamos como esse fenômeno ocorreu.
A gastronomia francesa começa a se desenvolver na idade média (sec. V a X) num tripé que vigora até os tempos modernos: A riqueza dos ingredientes, a sabedoria no preparo dos mesmos, e a apresentação impecável. Tendo como base de formação a cultura Greco-romana, nos banquetes franceses todos os pratos eram servidos ao mesmo tempo, sem distinção entre entradas, pratos principais ou sobremesas. Salvo em disfunções climáticas ou em tempos de guerra a alimentação deste povo era sempre muito. Desde as classes mais baixas até as mais altas alimentar-se bem e com prazer era e ainda é um fator determinante para a felicidade e saúde do povo francês.
A base gastronômica desta cultura secular são os pães e vinhos que em diversas literaturas são denominados como a refeição primordial dos deuses. Nota-se aqui a influência Greco – romana presente na base da pirâmide alimentícia francesa. Durante a idade média não se nota mudanças drásticas nas formas de se alimentar, principalmente por influência católica, que dominava a Europa e controlava boa parte da produção agropecuária. O grande acontecimento gastronômico deste período da historia mundial, foi o lançamento do primeiro livro sobre gastronomia do mundo. Intitulado `Le Viandier`` traz mais de 230 receitas da época. Explicação. A idade media foi uma época de escuridão. Escuridão mental e comercial. Dessa forma a gastronomia não se desenvolve, pois como em tempos de guerra a comida era controlada e distribuída do jeito que a os dominantes pretendiam. Nesse caso a igreja católica. O único país que foge a regra é a frança, mas mesmo assim com moderação.
A revolução culinária mundial (sec. XIV a XVIII), se passa após a descoberta de novas terras. América, Ásia e África contribuíram de forma muito significativa para o desenvolvimento de novas técnicas culinárias, principalmente com seus ingredientes, até então desconhecidos. E claro quem chegou à frente nessa corrida pelo bom prato? Os franceses. Deram seus toques a ingredientes como batata, feijão e favas, pimentas, tomate, ervas e carnes como o peru, galinha d’angola e alguns peixes. Mostrando para o mundo e solidificando sua posição como pioneiros na ARTE de cozinhar a perfeição. Muda-se o conceito de preparação dos alimentos, privilegiando o sabor rico das especiarias do novo mundo e a produção de molhos elaborados e que levam, as vezes, dias para ficarem prontos. Nesta época a coordenação da produção dos grandes banquetes começou a ser destinada a uma pessoa especifica. Surge assim a figura do chef de cozinha. Esta mudança nos hábitos gastronômicos da época foi regida sob a batuta de um dos maiores imperadores da França. Auto intitulado como Rei Sol, Luiz XIV sempre foi amante da boa cozinha e adorava tomar vinho, abrindo assim as portas para as inovações dos mestres cuca de seu país.
``Outrora, um cardapio classico era composto, segundo o requinte do anfitrião, o numero de convidados e de numero de pratos prodigiosos, dos quais dificilmente se tem uma idéia hoje; se consutarmos obras culinárias do século XVIII e do inicio do século XIX, encontraremos cardápios de 25 a 30 talheres que incluíam não menos que de 30 a 60 pratos, excluídas as sobremesas que compunham também um grande numero.``
Livro história da gastronomia
Esta citação encontrada aleatoriamente na internet, pois não me lembro em que site que encontrei. Define categoricamente como eram os grandes banquetes franceses que permearam a história da gastronomia até o surgimento da nouvelle cuisine. Movimento que revolucionou a concepção de servir. Deixando de lado essa quantidade de comida para dar mais crédito a qualidade do produto servido.
Terminaremos de entender como a França dominou o mundo da culinária e como passaram para o mundo de forma maciça e generalizada seus métodos de produção e estilos culinários, na próxima edição.
Até ....
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